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Centrais apresentam propostas para que avanço tecnológico beneficie trabalhadores

Nesta última sexta-feira (5), o auditório do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em São Paulo, foi palco da Conferência Livre CT&I e o Mundo do Trabalho, promovido pelo Dieese em parceria com as centrais sindicais, com a participação do ministro do Trabalho, Luiz Marinho.

O encontro foi organizado para debater os impactos da inovação tecnológica no mundo do trabalho e possibilidades e desenvolvimento científico que gerem melhorias nas condições de vida e trabalho de todos. A conferência livre é parte das contribuições da sociedade civil para a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que ocorrerá no início de junho sob o comando do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

A presidente do Dieese, Maria Aparecida Faria, também compôs a mesa de debates. O MCTI enviou Sônia da Costa, diretora do Departamento de Tecnologia Social, Economia Solidária e Tecnologia Assistiva, que representou a ministra Luciana Santos.

“Pensar em ciência, tecnologia e inovação sem pensar no mundo do trabalho é não ter visão completa desse debate. A sociedade precisar discutir muito esse processo, neste momento que vivemos globalmente (de revolução tecnológica)”, disse Luiz Marinho.

O ministro do Trabalho defendeu que a revolução tecnológica precisa estar a serviço de todos, sendo utilizada para a redução da desigualdade social, ao contrário do cenário atual, de aumento da concentração da riqueza. “Não falta riqueza para que ninguém passe fome no mundo. Falta escrúpulo. Falta distribuição de renda. E isso tem que estar no centro do debate”, disse.

Presidente da CSB, Antonio Neto lembrou que nas últimas décadas, a produtividade cresceu exponencialmente com o auxílio da tecnologia, enquanto a jornada de trabalho se manteve a mesma, uma contradição que prejudica os trabalhadores e que precisa ser corrigida com urgência, na opinião do dirigente sindical.